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A água ideal.

A água ideal.

Você pode colocar 2 tipos básicos de água:


- natural, retirada diretamente do mar.

ou

- artificial, a qual é composta por uma mistura de água deionizada(existem equipamentos que fazem isso para você, ou até mesmo compra-la pronta de um lojista).Particularmente (para que tem um reef grande) acho mais vantajoso comprar o deionizado, pois um deionizador faz em media, com cada refil 1000L de água deionizada, esse deionizador custa em média 300 reais(com uma carga) e o refil custa 140 reais. Comprando essa água de um lojista, ela sai por 0,60 reais o litro. a primeira vista compensa, mas imagine o transporte e armazenamento dessa água para um aquário de 500L! 

Para preparar esta água artificial devemos colocar a medida indicada pelo fabricante do sal comprado em lojas para aquários (o sal deve ser próprio, não é qualquer sal), isso gira em torno de 33 g/L de água, deixando-a com uma densidade de 1.022 à 1.024 a uma temperatura média de 24° C. Essa mistura pode ser feita em baldes muito bem lavados (sem sabão ou detergente) ou se preferir colocar bem lentamente direto no sump, pois você terá certeza de que tudo foi bem diluído . Após feita a mistura, meça a densidade com um refratometro ou um densimetro, para as prováveis correções. Sem um desses dois últimos equipamentos é impossível manter um aquário marinho.

Existem alguns parâmetros ideais de concentrações na água e esses se encontram abaixo.

 

 

Parâmetros:

Recomendações para aquários:

Valores encontrados nos oceanos:1

Cálcio

380-450 ppm

420 ppm

Alcalinidade

2.5-4 meq/L
7-11 dKH
125-200 ppm CaCO3 equivalentes

2.5 meq/L
7 dKH
125 ppm CaCO3 equivalentes

Salinidade

35 ppt
sg = 1.026

34-36 ppt
sg = 1.025-1.027

Temperatura

76-83° F

Variável2

pH

7.8-8.5 OK
8.1-8.3 is ideal

8.0-8.3 (pode ser masi alto ou baixo em lagoons)

Magnesio

1250-1350 ppm

1280 ppm

Fosfato

< 0.03 ppm

0.005 ppm

Amonia

 

Variável (typica <0.1 ppm="" span="">

 

Sílica

< 2 ppm, menos que isso se surgir diatomáceas

 

Iodo

Controle não recomendado

0.06 ppm total para todas as formas

Nitrato

< 0.2 ppm

Variável (típica abaixo de 0.1 ppm)

Nitrito

< 0.2 ppm tipicamente

Variável(típica abaixo  de 0.0001 ppm)

Estrôncio

5-15 ppm

8 ppm

ORP

Controle não recomendado

Variável

Boro

< 10 ppm

4.4 ppm

Ferro

Abaixo dos valores do teste (adição OK)

0.000006 ppm

 

Cuidado com o:

 

Cálcio:

 

A grande maioria dos corais usam o cálcio para formar seus esqueletos, que são compostos basicamente de carbonato de cálcio. Os corais obtêm o cálcio diluído na água ao seu redor para este processo. À medida que o cálcio é consumido pelos corais, algas vermelhas calcárias, Tridacnas e Halimeda, seus valores se tornam mais baixos no sistema. Com a queda no nível de cálcio inferior a 360 ppm, torna-se complicado para os corais coletar o cálcio e assim, sem matéria prima para seu esqueleto, param de crescer.

 

Manter o nível de cálcio é um dos aspectos mais importantes para o desenvolvimento dos corais no aquário marinho. A maioria dos aquaristas tentam manter os níveis naturais de cálcio em torno de  420 ppm. Níveis superiores 360 ppm, ao contrário doque se pode imaginar, não aumentam sua taxa de crescimento.

 

Por estas razões é sugirido que os aquaristas mantenham um nível de cálcio entre 380 e 440 ppm. O uso de suplementos a base de cálcio e aditivos para a manutenção da alcalinidade, são de fundamental importância na manutenção de de aquários com corais. O mais popular destes métodos de suplementação é o uso de kalkwasser, hidróxido de cálcio.

 

Se o nível de cálcio diminui, precisa ser elevado, o kalkwasser e o hidróxido de cálcio não são a melhor escolha uma vez que aumentarão a alcalinidade também, nesse caso, adição de cloreto de cálcio é a melhor alternativa.

 

Salinidade:

Há diversas maneiras de se medir a salinidade de uma água como através de sondas eletrônicas, densímetros e refratômetros. Eles basicamente medem valores da densidade específica, salinidade (ppt) ou condutividade (mS por cm).

Para uma referência, o níveis de salinidade nos recifes de corais é de 35ppt o que corresponde a 1.0264 de densidade específica e 53mS por cm de condutividade.

 

 

Temperatura:

 

De 23 à 28 °C.

A temperatura interfere nos habitantes do aquário de diversas maneiras. Primeiro e mais conhecido é que a medida que a temperatura aumenta, o metabolismo do animal irá aumentar também. Consequentemente irão consumir maior quantidade de oxigênio, dióxido de carbono, nutrientes, cálcio, alcalinidade. Esse aumento do metabolismo poderá aumentar o crescimento dos organismos assim como poderá causar a morte(quando em demasia, não deixe ultrapassar 28°C).

Outro ponto importante com relação a temperatura, são os aspectos químicos do aquário. A solubilidade de gases dissolvidos como oxigênio e dióxido de carbono, por exemplo, variam conforme a temperatura. Oxigênio em particular, estará menos solúvel em ambientes com altas temperaturas.

Durante um funcionamento normal de um sistema artificial, o nível de oxigênio esta controlado pela circulação d’água não oferecem problemas, mas durante uma queda de energia elétrica, o oxigênio dissolvido poderá rapidamente ser consumido, se a temperatura estiver muito alta, organismos como as Zooxantellas (algas que vivem em simbiose com algumas espécies de corais) irão morrer. Baixas temperaturas não só mantém níveis mais altos de oxigênio dissolvido como promove um consumo mais lento devido ao baixo  metabolismo dos habitantes. O alto metabolismo aumenta a produção de amônia, que dependendo de suas concentrações pode promover a morte dos organismos. Em baixas temperaturas, essa produção será mais lenta. Por razões como estas devemos manter o mais estável possível a temperatura, seja ela baixa (23) ou alta (28).

 

pH:

Aquaristas responsáveis, gastam um bom tempo tentando resolver os problemas relacionados com pH. Alguns desses esforços são certamente justificados já que problema com pH podem levar a problemas de saúde dos animais. Em muitos casos, o problema está em como medir o pH ou a sua interpretação.

Vários fatores tornam importante o monitoramento do pH de um aquário marinho. Uma delas é a de que os organismos aquáticos só prosperam m uma faixa de pH específica, que varia de organismo para organismo. Por conta disso,  é difícil definir uma valor de pH específico “ideal” para os aquários marinhos. Mesmo o pH na água do mar (8,0-8,3) pode ser inadequada para algumas criaturas, porém, é comprovado há mais de oitenta anos que os diferentes níveis de pH da água do mar (até 7.3, por exemplo) são estressantes para muitos peixes. Atualmente existem informações sobre pH ideal para muitos organismos, mas esses dados são totalmente inadequados para manutenção em aquários por conta da sua grande variedade de organismos que habitam.

Além disso, o efeito do pH sobre os organismos podem ser diretos ou indiretos. A toxicidade de metais como cobre e níquel para alguns organismos do aquário, como mysids e anfípodes, é conhecido por causado pela variação do pH. A faixa de pH aceitável de um aquário pode variar quando comparado a outro aquário, mesmo que contenham os mesmos organismos, mas possuem concentrações diferentes de metais.

Alterações no pH, no entanto, não substancialmente o impacto de alguns processos fundamentais que ocorrem em muitos organismos marinhos. Um destes processos é a calcificação, ou deposição de esqueletos de carbonato de cálcio, tal fundamento é extremamente dependente de uma boa manutenção do pH do meio alterando a sua velocidade de acordo com as variações, se o pH cai o a calcificação é retardada. Usando esse tipo de informação, juntamente com a experiência integrada de muitos aquaristas, podemos traçar algumas orientações sobre o que é uma faixa de pH aceitável para aquários marinhos, e quais os valores limites.

A faixa de pH aceitável para aquários marinhos é uma opinião e não um fato claramente definido, e certamente irá variar de acordo com a opinião de cada um. Esse intervalo também pode ser bastante diferente da “faixa” ideal. Justificando o que é ótimo, porém, é muito mais problemático do que justificando o que é simplesmente aceitável, por isso vamos concentrarmos sobre esta última. Como objetivo, sugiro que o pH da água do mar, esteja em 8,2ppm, apesar, de existirem aquários marinhos que podem claramente ter sucesso em uma ampla gama de valores de pH. Na minha opinião, o intervalo de pH entre 7,8-8,5 é uma faixa aceitável para aquários marinhos, com várias advertências. São eles:

Que a alcalinidade seja de pelo menos 2,5 meq / L e, de preferência superior no extremo inferior dessa faixa de pH. Esta informação é baseada pelo fato de que muitos aquários operam de forma bastante eficaz na faixa de pH 7,8-8,0, e que a maioria dos melhores exemplos destes tipos de aquários utilizam reatores de cálcio que, embora tendendo a diminuir o pH , mantem a alcalinidade bastante elevada (igual ou superior a 3 meq / L.). Neste caso, os problemas associados com calcificação a estes valores pH mais baixo pode ser compensado pela maior alcalinidade.

Que o nível de cálcio esteja em pelo menos 400 ppm. Calcificação se torna mais difícil, com a queda do pH e do cálcio. Não é recomendável elevar pH, alcalinidade, cálcio , ao mesmo tempo pois se o pH está baixo e não podem ser facilmente alterados (como pode ser o caso de um aquário com um reator de cálcio), certifique-se que o nível de cálcio esteja normal (400-450 ppm).

Da mesma forma, um dos problemas com pH elevado (acima de 8,2 em qualquer lugar, mas cada vez mais problemático a cada aumento desse valor) é a precipitação de carbonato de cálcio livre, resultando em uma queda de cálcio e alcalinidade, e o entupimento dos aquecedores e bomba. Se você elevar o pH para 8,4 ou mais (como muitas vezes acontece quando se utiliza hidróxido de cálcio), certifique-se que tanto o cálcio e os níveis de alcalinidade serão adequadamente mantidos (ou seja, nem muito baixo, inibindo a calcificação biológica, nem muito alto, causando a precipitação excessiva abióticos sobre os equipamentos).

Picos para cima são menos nocivos do que picos para baixo.

Amônia:

Amônia (NH3) é excretada por todos os animais e alguns outros habitantes do aquário. Infelizmente, é muito tóxico para os animais, embora não seja tóxico para determinados organismos, tais como algumas espécies de algas que consomem prontamente. Peixes não são os únicos animais que são prejudicados pela amônia, e até mesmo algumas algas, como o fitoplâncton pyriformis Nephroselmis, são prejudicados ate mesmo em concentrações de 0,1 ppm amônia.

Num aquário equilibrado, a amônia produzida é geralmente consumida rapidamente. Macroalgas utilizam para síntese de proteínas, DNA e outros compostos que contêm nitrogênio. Bactérias também metabolizam e convertem para nitrito, nitrato, nitrogênio e gás (o famoso ciclo do nitrogênio). Todos estes compostos são muito menos tóxico do que a amônia (ao menos para os peixes), num sistema sob condições normais, a amônia sofre reação rapidamente e não há nenhum prejuízo ao meio.

Sob certas condições, no entanto, a amônia pode ser uma preocupação. Durante a instalação inicial de um aquário, ou quando a rocha viva ou areia nova é adicionada, uma abundância de amônia pode ser produzida, que os mecanismos disponíveis não pode desintoxicar rapidamente o suficiente. Nestas circunstâncias, os peixes estão em grande risco. níveis de amônia de 0,2 ppm pode ser perigoso para peixes. Nesses casos, os peixes e invertebrados devem ser removidos para uma água mais limpa, ou o aquário tratados com um produto de amônia vinculativos, tais como Amquel.

Muitos aquaristas confundem: amônia e a forma menos tóxica: amônio. Estas duas formas se auto-convertem muito rapidamente (muitas vezes por segundo), assim, para muitos propósitos, não são substâncias distintas. Elas estão relacionadas com a reação ácido-base mostrado a seguir:

NH3 + H+ <–> à NH4+

Amônia + íon de hidrogênio (ácido) <–> íons de amônio

A única razão de interpretarem  que amônio seja menos tóxico do que a amônia é que, sendo uma molécula carregada, enfrenta maior dificuldade para atravessar as brânquias dos peixes e entra em sua circulação sanguínea do que a amônia, que atravessa facilmente através das membranas branquiais e rapidamente entra na corrente sanguínea.

Em aquários com níveis mais elevados de pH, que contêm menos H +, mais da amônia total será sob a forma NH3. Com isso, a toxicidade (amônia) de uma solução aumenta a medida que há um aumento do pH. Isso é importante em áreas como transporte de pescado, onde a amônia pode construir a níveis tóxicos.

Detalhes e Recomendações: Outros parâmetros.

Nitrato:

O nitrato é um íon que há muito condenado por aquaristas. As formas de nitrogênio que são encontrados nos alimentos, e podem em muitos aquários, elevar os níveis tornando difícil a manutenção dos níveis naturais. Uma ou duas décadas atrás, muitos aquaristas realizavam mudanças de água para redução de nitrato como um de seus principais objetivos. Felizmente, agora temos uma grande variedade de maneiras para manter nitrato estável, e os aquários modernos sofrem muito menos com picos dessa substância do que os de antigamente.

O nitrato está frequentemente associado com algas, e de fato o crescimento de algas é muitas vezes estimulado por excesso de nutrientes, incluindo o nitrato. Outras pragas aquário potenciais, tais como dinoflagelados, também são estimulados por excesso de nitratos e outros nutrientes. Nitrato em si não é particularmente tóxico aos níveis normalmente encontrados em aquários, pelo menos como tem sido até agora conhecido na literatura científica. No entanto, os níveis elevados de nitrato pode estimular excessivamente o crescimento das zooxantelas, que por sua vez, pode realmente diminuir a taxa de crescimento dos corais que vivem.

Por estas razões, a maioria dos aquaristas se esforçam para manter os níveis de nitrato baixos. Um bom nível é inferior a 0,2 ppm de nitrato. Aquários marinhos podem funcionar aceitavelmente com níveis muito mais elevados de nitrato (digamos, 20 ppm), mas correm maior risco de os problemas descritos acima.

Há muitas maneiras de reduzir o nitrato, incluindo a redução da entrada no aquário de nitrogênio, aumentando a exportação de nitrogênio pelo skimmer, aumentando a exportação de nitrogênio em cultivo e poda de macroalgas, rizophoras (ou qualquer outro organismo da sua escolha), utilizando um sistema DSB (leito de areia profundo),  utilizando um reator de nitrato, usando um reator de enxofre, com AZ-NO3, usando resinas removedoras de nitrato, e utilizando polímeros e compostos orgânicos de carbono.

Nitrito:

O nitrito é menos tóxico na água do mar do que na água doce. Os peixes são normalmente capazes de sobreviver em água salgada com mais de 100 ppm de nitrito!  Enquanto nenhum experimento mostrou toxicidade nitrito substancial em habitantes de tanques marinhos, o nitrito não será um parâmetro importante para os aquaristas marinhos para monitorar. O rastreamento de nitrito em um aquário novo, no entanto, pode ser esclarecedor, mostrando os processos bioquímicos que estão ocorrendo. Após essa etapa, esse monitoramento não se faz necessário.

 

 

 

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